segunda-feira, 24 de março de 2008

CHICO SCIENCE

Algumas doideras do Mestre Chico Science que me fazem pensar:

(diálogo oculto: "Algum de nós / algum de nós vai ter que comprar / quem vai dar o troco? / é preciso contar / mas o dinheiro vai ficar sobre a mesa / ali, empilhado e sujo / até que lhe deêm outro nome / ou, quem sabe, possa sumir / por descuido de alguém / por esperteza ser enfiado no bolso / sujo e, agora, amassado / e, aos poucos, de esquina em esquina / as notas serão sacadas / uma por uma / um pastel, uma cerveja, um suborno / flores, uma aposta, putas, sonhos...Quem mandou você falar de mim? (...) Aí, lôco!)
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A engenharia cai sobre as pedras / um curupira já tem o seu tênis importado / não conseguimos acompanhar o motor da história / mas somos batizados pelo batuque e apreciamos a agricultura celeste / mas enquanto o mundo explode / nós dormimos no silêncio do bairro / fechando os olhos e mordendo os lábios / sinto vontade de fazer muita coisa.
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Como um pássaro, o tempo voa / à procura do exato momento / como o que você pode fazer fosse agora / com as roupas sujas de lama / porque o barro arrodea o mundo / e a tv não tem olhos pra ver / eu sou como aquele boneco / que apareceu no dia da fogueira / e controla seu próprio satélite / andando por cima da terra / conquistando seu próprio espaço / é onde você pode estar agora.
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Walking in the morning sun / my pockets are empty now / I don't have anything / only dirty black boots / and a little fower in my hands / looking to the city / cabs, buildings, people / a rocket blows in the sky / my mind flies / borboletas se equilibram no espaço / um muro velho em minha face / uma cadeira flutua num espiral / flores em minha camisa numa tarde do bairro / e enquanto caminho pelas ruas da cidade / lembro que uma sobremesa me espera em casa.
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Nada como o firmamento / para trazer ao pensamento / a certeza de que estou sólido / em toda área que ocupo / e a imensidão aérea / é ter o espaço do firmamento no pensamento / e acreditar em voar algum dia. (essa é a que eu mais curto)
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Deixar que os fatos sejam fatos naturalmente, sem que sejam forjados para acontecer / deixar que os olhos vejam os pequenos detalhes lentamente / deixar que as coisas que lhe circundam estejam sempre inertes / como móveis inofensivos / pra lhe servir quando for preciso / e nunca lhe causar danos / sejam eles morais, físicos ou psicológicos.